quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Fotos do lançamento do livro Dos Papéis de Plínio

Ontem. 4 de novembro de 2014, foi lançado o livro  "Dos Papéis de Plínio - Contribuições do Arquivo de Rio Claro para a Historiografia Brasileira", organizado por Renato Alencar Dotta, doutorando em História Social pela USP e criador do GEINT (Grupo de Estudos sobre o Integralismo) e Maria Teresa de Arruda Campos, diretora do Arquivo Público de Rio Claro. O evento aconteceu na Casa da Palavra, em Santo André-SP. Os dois organizadores estavam presentes.























sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lançamento "Dos Papéis de Plínio" em Santo André (SP)

No próximo dia 4 de novembro, às 19 horas, será lançado na Casa da Palavra Mário Quintana, localizada na Praça do Carmo, 171, no centro de Santo André (SP), o livro "Dos Papéis de Plínio - Contribuições do Arquivo de Rio Claro para a Historiografia Brasileira", organizado por Renato Alencar Dotta, doutorando em História Social pela USP e criador do GEINT (Grupo de Estudos sobre o Integralismo) e Maria Teresa de Arruda Campos, diretora do Arquivo Público de Rio Claro. O livro conta com sete artigos escritos por estudiosos altamente gabaritados que desenvolveram pesquisas no Fundo Plínio Salgado, pertencente ao Arquivo. Entre os pesquisadores estão: João Fábio Bertonha, Renata Duarte Simões, Rodrigo Christofoletti, Alexandre Blankl Batista, Giselda Brito Silva, Márcia Regina Ramos Carneiro e Rogério Lustosa Victor. O livro é uma publicação do Arquivo Municipal de Rio Claro.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Geint tem Simpósio aprovado na ANPUH: veja as comunicações agendadas



028. Memória, História e autoritarismo: estudos sobre a direita e seus extremismos

Coordenadores: ALFREDO OSCAR SALUN (Doutor(a) - Uninove), CARLOS GUSTAVO NOBREGA DE JESUS (Doutor(a) - Fundação Pró-Memória de Indaiatuba)
Resumo: O presente simpósio é proposto pelo grupo de trabalho regional da ANPUH/SP “História dos Partidos e Movimentos de Direita”, com intuito de reunir pesquisas que abordem o estudo de organizações, grupos, partidos políticos e outras instituições que possam ser identificados entre critérios reconhecidos nos conceitos de “direita” e “extrema-direita”. Buscamos discutir as propostas autoritárias ao longo do século XX, que demarcaram a recente história política/cultural brasileira e internacional e as diversas relações existentes entre essas experiências, assim como a questão da memória e o ofício do historiador.
Justificativa: O presente simpósio é proposto pelo grupo de trabalho regional da ANPUH/SP “História dos Partidos e Movimentos de Direita”, que tem o intuito de estimular a interlocução entre as pesquisas que promovam o aprofundamento dos debates teórico, metodológico e historiográfico acerca das temáticas ligadas aos estudos dos fascismos, antissemitismo e racismo, tradicionalismo, chauvinismo, nazismo, neonazismo, integralismo, neo-integralismo e nacionalismos. Esse GT é ligado ao nacional homônimo, criado em Natal (RN), no Encontro Nacional da ANPUH de 2013.
A importância da memória no estudo de tais propostas, movimentos e governos ganha relevância ainda maior no momento atual, marcado pela revisão de acontecimentos e fatos históricos, ligados aos governos de exceção, como o Fascismo e Nazismo na Europa e o Regime Militar no Brasil (1964-1985).
O fascismo é uma corrente ideológica que vai se consolidar politicamente logo após a I Guerra Mundial, até tornar-se o centro das atenções da política internacional nos anos 30, sobretudo com a ascensão do nacional-socialismo alemão. O Brasil não ficou imune a essas influências, surgindo entre nós o movimento integralista e o Estado Novo.
Com a derrota do nazismo e do fascismo na II Guerra Mundial, as correntes políticas neles inspiradas perderam praticamente todo o seu prestígio, embora não por muito tempo. Logo após a guerra, há a reestruturação do fascismo na Itália com a criação do Movimento Social Italiano (MSI) e o Partido de Representação Popular no Brasil, (PRP), que reuniu em suas hostes os e integralistas. Além disso, pode-se mencionar a sobrevivência de regimes como o salazarismo em Portugal e o franquismo na Espanha.
O estudo sobre a direita também se aprofundou com a análise histórica do regime militar brasileiro (1964-1985), suscitadas pela Comissão da Verdade e o acesso à documentação de um período político bastante controverso.
Situações semelhantes em várias partes do mundo possibilitaram reinterpretações e novas disputas pela memória. Nesse sentido, é importante salientar a pertinência ética de tal problemática, tanto no meio historiográfico, como no ensino de história, principalmente quando releituras a respeito da direita estão contribuindo para a proliferação de movimentos nacionalistas, neonazistas e neo-integralistas da contemporaneidade, tanto de gangues como os skinheads, que, partir dos anos 1970, adotaram como visão de mundo, baseada no fascismo e no nazismo, como de grupos conservadores nostálgicos do Regime Militar brasileiro que, ainda hoje, insistem em reavivar um discurso reacionário marcado pela intolerância e o autoritarismo.
Bibliografia: ANSART, P. História e memória dos ressentimentos. In: BRESCIANE, S., NEXARA, M. (orgs.) Memória e (re) sentimento. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2001.
AQUINO, Maria Aparecida de. Censura, Imprensa e Estado Autoritário. Bauru: EDUSC, 2001.
BERTONHA, João Fábio. Bibliografia Orientativa sobre o Integralismo (1932 – 2007). Jaboticabal: Funep, 2010.
DIETRICH, Ana Maria. Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil. São Paulo: Todas as Musas, 2012.
DOTTA, Renato Alencar; POSSAS, Lídia Maria; CAVALARI, Rosa Maria (org). Integralismo: novos estudos e reinterpretações. Rio Claro: Arquivo Público e Histórico, 2004.
______________________; CAMPOS, Maria Teresa de Arruda (org.). Dos Papéis de Plínio: Contribuições do Arquivo de Rio Claro para a historiografia brasileira. Rio Claro: Arquivo Público e Histórico, 2013.
HALBWACHS, M. A Memória Coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
JESUS, Carlos Gustavo Nóbrega. Anti-Semitismo e Nacionalismo, Negacionismo e Memória: Revisão Editora e as Estratégias da Intolerância. São Paulo: Editora Unesp, 2006.
____.Revista Gil Blas e o nacionalismo de combate. São Paulo: Cultura Acadêmica/Editora Unesp, 2013.
PAXTON, Roberto. A Anatomia do Fascismo. Tradução de Patrícia Zimbres e Paula Zimbres. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
POLLAK, Michael. Memória, esquecimento e silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, p.3-15, 1989.
REIS, Daniel Aarão; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo Patto Sá (orgs.). O Golpe e a ditadura militar: 40 nos depois (1964-2004). Bauru (SP): EDUSC, 2004.
ROLLEMBERG, Denise (Org.); QUADRAT, S. V. (Org.). A construção social dos regimes autoritários. Legitimidade, consenso e consentimento no Século XX. Volume 2: Brasil e América Latina. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
VICTOR, Rogério Lustosa. O Labirinto Integralista: o conflito de memórias (1938 – 1962). Goiânia: IFITEG Editora, 2013.

Programação


Sessão - 1º Dia
  • MARIA APARECIDA DE AQUINO
    Atuação da Justiça Militar durante o Regime Militar Brasileiro
    Durante o Regime Militar Brasileiro, os crimes considerados contra a Lei de Segurança Nacional foram julgados no âmbito da Justiça Militar. Cento e dois processos foram movidos contra jornalistas, envolvendo 147 profissionais. O jornalista contra o qual houve o maior número de processos foi Nelson Luiz Lott de Moraes Costa, que trabalhava no Jornal "O Dia" no Rio de Janeiro. Pertencia à Ação Libertadora Nacional e fazia parte do chamado "Grupo de Fogo". Foram movidos contra ele doze processos. Sob tortura Nelson no Inquérito confessou sua participação em assaltos. Frente ao Juízo negou ter participado de qualquer uma das ações. Julgado pelo Superior Tribunal Militar foi absolvido em todos os 12 processos. 

  • LUCAS MONTEIRO DE OLIVEIRA
    A anistia enquanto esquecimento
    A anistia tem como designação comum o esquecimento, esse não pode ser confundido com o perdão, trata-se de apagar o passado e esse é o sentido forte na lei 6683/79. A este sentido está relacionada a ideia de não mexer no passado como se a anistia tivesse sido uma lápide sobre a qual a ditadura repousa.
    A partir desse sentido as torturas e desaparecimentos deveriam ser investigados, também esqueceriam-se as mobilizações de oposição à ditadura. Ao se apagar o passado os motivos pelos quais aquelas pessoas se mobilizaram não devem ser retomados, interpretados e debatidos; apenas deve existir o esquecimento geral sobre quais os interesses estariam envolvidos na oposição e no apoio à ditadura, não se deve saber quem colaborou, quem se beneficiou, quem torturou, quem financiou; assim como não se deve olhara para os militantes e perguntar por que lutaram? O que defendiam?
    O esquecimento foi produzido pelo projeto governamental, que pretendia colocar uma pedra sobre o assunto, ou com uma esponja apagar esse período da história. Contudo, a construção e a defesa do esquecimento dos excessos do momento anterior foi gestada no interior dos movimentos de oposição à ditadura. Dentro do Movimento Feminino pela Anistia defendia-se que apenas esquecendo o passado era possível construir um país pacificado e reconciliar a família nacional, portanto era necessário apagar os excessos para reunificar o país.
    Esse sentido de esquecimento não foi consensual dentro das pessoas engajadas na luta pela anistia, especialmente as familiares de mortos e desaparecidos empreenderam a denúncia das mortes, violações e desaparecimentos.Não como uma demanda somente individual ou familiar, mas um ato de mobilização política e de enfrentamento com o projeto político da ditadura.
    Ainda assim, o sentido que prevaleceu foi o de esquecimento.
  • Rodolfo Fiorucci
    Imprensa integralista e eleições: um recorte
    O trabalho discute a relação entre a imprensa integralista e as conquistas e/ou derrotas nas eleições dos anos de 1935-1936, por meio de amostragem em alguns Estados. Parte-se do pressuposto de que a estrutura periodista dos camisas-verdes não tenha sido tão grande e influente como se convencionou aceitar, pois não contava com grandes folhas, ou com publicações que circularam por algum tempo e com certa visibilidade. O eventual equívoco pode se dever às verves grandiloquentes típicas de movimentos de massa daquele período, que costumavam superdimensionar seus atos e trabalhos. Contudo, aqui se oferece apenas um caminho, o eleitoral, para acusar a pouca força daquele jornalismo, demonstrando que não necessariamente a existência de jornais em determinadas cidades influenciou sobremaneira no pleito a favor dos integralistas. Trata-se de apenas um primeiro passo para se (re)pensar esta imprensa, um estímulo para que novas pesquisas, em conjunto, construam uma representação mais encorpada acerca da fragilidade dessa empreitada da AIB.

  • RENATO ALENCAR DOTTA
    O ausente investigado: O dossiê de Plínio Salgado no DOPS-SP durante o Estado Novo (1940 - 1945)
    Não apenas a esquerda, mas também a extrema-direita foi amplamente investigada pelos vários DOPS estaduais. Toda uma subfamília arquivística foi reservada aos suspeitos de integralismo, na Delegacia de Ordem Política e Social paulista. Apesar de a documentação policial sobre os integralistas abranger, cronologicamente, desde o surgimento do movimento (os documentos mais antigos são de 1933), até quase a extinção do órgão (o último documento sobre os integralistas arquivado é de 1979), esta se concentra sobretudo durante o governo Vargas. Analisaremos aqui o dossiê de um ausente entre os investigados: o do líder e criador do integralismo, Plínio Salgado, durante o período do Estado Novo, o qual coincide quase completamente com o de seu exílio em Portugal (1939 - 1946). Nesse meio tempo, Salgado teve contatos secretos com representantes do governo brasileiro, distribuiu manifestos aos seus correligionários e foi acusado de ter contatos com espiões nazistas e fascistas, o que faria dele "o principal líder da quinta-coluna no Brasil", de acordo com um panfleto distribuído pela UNE entre 1943 e 1944. Qual o tipo de documentação apreendida e produzida pela polícia política paulista, bem como as conclusões que ela tira da mesma estão entre os temas a serem tratados por esta comunicação.
  • Erick Tsarbopoulos Graziani
    As Visitas da Inquisição à Lisboa em 1587
    O texto aborda sobre as visitas inquisitoriais ordenadas à cidade de Lisboa em 1587, cuja peculiaridade se mantém por ser uma visita a uma cidade-sede de um Tribunal do Santo Ofício. Geralmente, essas visitas se direcionavam à regiões distantes dos tribunais, como às ilhas ultramarinas e ao Brasil. Trata-se das visitas realizadas pelo licenciado Antonio de Mendoça, fixado na Sé de Lisboa, e por Geronimo de Pedrosa, que ficou instalado no mosteiro de São Roque.

Sessão - 2º Dia
  • ANA MARIA DIETRICH
    Ciência Nazista: discussões éticas e conceituais
    Procura-se investigar a gênese e epistemologia da chamada "Ciência Nazista", sua elaboração, sua influência e suas relações com os mitos da formação da nacionalidade alemã. Busca-se uma incursão à atmosfera social, científica e tecnológica que proporcionou a emergência dessa "ciência", assim como sua herança na História Contemporânea pelos chamados elementos fascistizantes presentes em diversas sociedades como as diferentes formas de preconceito, discriminação e conflitos com relação do "outro". Tal análise privilegiará aspectos éticos inerentes a tal discussão questionando quais limites existem entre a pesquisa científica e o respeito ao ser humano. Pretende traçar pontes com produções cinematográficas que abordem a temática como é o caso do filme O Ovo da Serpente (Alemanha/ Estados Unidos, 1977, dir. Ingmar Bergman). Ainda do ponto de vista societário, questionaremos como sentimentos como o medo e o terror estimularam seres humanos a servirem voluntariamente como cobaias científicas - atingindo limites da humanidade devido a tal degradação social. Por último, analisaremos o código de ética médica e a declaração universal dos direitos humanos, ambos elaborados em uma sociedade do pós-guerra ainda em conflito por tais questões.
  • Giuseppe Rafael Caron
    Discursos de Benito Mussolini: 19219-1922, Permanencias e Mudanças.
    Este trabalho tem como objetivo discutir as transformações e permanências dos discursos de Benito Mussolini, parte destes foram encontradas no arquivo da Biblioteca Nadir Gouvêa Kfouri da PUC-SP em um livro chamado Discursi Politici que reunia todos os discursos proferidos por Benito Mussolini entre 1914-1921, agora os de 1922 foram encontrados em pdf na internet, receberam o nome de Discursos da Revolução, por serem os últimos antes da Marcha sobre Roma que levaria Benito Mussolini e os fascistas ao poder. Ao lê-los pude observar que em o movimento fascista teve varias modificações em seus anos de existência. Porém não trabalharei todos os anos que o movimento fascista italiano permaneceu no poder, já que seria um trabalho longo, mas sim somente os 3 primeiros anos. A escolha desse período esta ligado ao momento em que o fascismo ainda não havia tomado o poder então necessitava atrair as pessoas para o seu movimento e os discursos proferidos por Benito Mussolini era a principal arma propagandística do fascismo. A vós do Duce era reconhecida em toda Itália, mas para chegar a esse ponto Mussolini teve que aprender muitas formas de seduzir o publico alvo e muitas dessas vezes era compreender a sociedade que o cercava e como transformar seu discurso encaixando questões culturais italiana.
    Como a minha pesquisa foca na analise de discurso, utilizeis teóricos da área de letra, principalmente da escola de analise de discurso francês, como Michel Pêcheux e Patrick Charaudeau e a brasileira Dea Enaldi, compreendendo assim como funciona um discurso politico e o que devo ter mais atenção na hora de lê-los. Na questão sobre hegemonia e para não fugir completamente de minha área, que é a história, trago também para a discussão Antonio Gramsci, que além de ter vivido a época do fascismo e dar uma visão contraria as que o discurso aponta.
    Um ponto crucial para minha pesquisa foi a minha visita a Roma, onde além de buscar mais bibliografia para a pesquisa, consegui encontrar mais fontes como os escritos de Benito Mussolini no Jornal Popolo D’Italia e os panfletos sobre o movimento fascista.
    Concluindo, o fascismo se moldava, não somente como forma de se encaixar na realidade cultural italiana e em busca de novos seguidores, mas também para encontrar sua própria identidade. O fascismo de 1919 não parece o de 1922, as mudanças nas formas de discursar e na escolha das palavras que seriam usadas , são claras. Isso só foi possível porque o fascismo se apresentou como um movimento sem programa, podendo assim se moldar quando necessário, sem ficar preso a um ideal unico. sobre o fascismo italiano, que não foi um movimento que nasceu pronto e que muitas vezes teve que negociar com a sociedade que estava a sua volta. 
  • ALFREDO OSCAR SALUN
    DNVP: atuação dos nacionais-conservadores na República de Weimar
    A Alemanha entre 1918 e 1933 foi palco para o surgimento de uma série de partidos e agrupamentos com cunho nacionalista, racista, anticomunista e autoritário, que defendiam a implantação de um regime ditatorial para controlar a situação caótica que se instalou desde o fim da guerra mundial em 1918.
    Dentre eles nos interessa especificamente o Partido Nacional Popular Alemão (Deutschnationale Volkspartei\DNVP), que representava os interesses das elites da época imperial, como a aristocracia fundiária, altos funcionários públicos, oficiais militares e a burguesia conservadora, e contou também com o apoio de parcela das igrejas protestantes e grupos nacionalistas.
    Em 1933 o DNVP faria parte de uma aliança política\eleitoral que serviu de base de apoio aos nazistas, em seus passos iniciais para a demolição do sistema democrático da República de Weimar.
    Neste encontro abordamos a participação do DNVP, que foi um dos principais partidos conservadores na República de Weimar, formado por elementos nacionalistas e reacionários com forte apelo monarquista. Eles participaram ativamente da aliança com os nazistas para minar o regime democrático e implantar a ditadura.
  • CARLOS GUSTAVO NOBREGA DE JESUS
    Disputas pela memória e versões da história nas páginas de Gil Blas.
    O que se propõe na apresentação é se aprofundar numa releitura da história brasileira feita pelo grupo da revista Gil Blas, que circulou de 1919 a 1923, na cidade do Rio de Janeiro, na época Capital Federal. É importante salientar que tal revisão histórica evidencia a tentativa de legitimação de uma memória ancorada por propostas nacionalistas, fortemente comprometidas com posturas intolerantes de fundo lusófobo e católico, o que fazia com que relativizassem os fatos históricos, de acordo com seus valores. Não se deve esquecer que essas releituras estavam em consonância com o contexto da época, pois às vésperas do Centenário da Independência era grande a tentativa de reinventar o passado, a partir da instrumentalização da história e da memória.