sexta-feira, 21 de junho de 2013

Blogs de Pesquisas

Recentemente foram criados pelos pesquisadores Cintia Rufino e Felipe Schadt, dois blogs onde se encontram partes de suas pesquisas com o objetivo de divulgação das mesas. Ambos estudam as relações entre a Ciência e os movimentos de direita. Para saber mais:

www.eugeniaeintegralismo.blogspot.com.br e http://felipeschadt.wix.com/kino30

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Labirinto Integralista

O Labirinto Integralista


Um labirinto. Assim que o sério e competente historiador goiano Rogério Lustosa Victor nos chama para conhecer seu livro. O leitor é convidado por adentrar dentre veredas até então obscuras e tortuosas do integralismo no Brasil. Nos anos 30 e 40, analisa alianças e rompimentos do governo Vargas com a Ação Integralista Brasileira. A partir de 1945,o fôlego novo gerado pela rearticulação políticacomo Partido de Representação Popular, o PRP, que culminou na disputa por eleições presidenciais pelo líder do movimento Plínio Salgado em 1955 ao lado de Juscelino Kubitschek e Juarez Távora.
Como ele faz isso? Por meio de um levantamento de uma documentação primorosa de jornais tanto da grande imprensa quanto os chamados integralistas como A Marcha, Idade Nova e Reação Brasileira. Mas, o incansável estudioso não parou aí, ele analisoulivros didáticos, fotografias, cartas, literatura e charges. A figura que mostra o líder do Integralismo - Plínio Salgado -como o braço direito de Hitler é umas das mais saborosas. A carta em que o próprio Plínio nos conta que se sentiu como um peixe “piracuru”, o qual foi apanhado pelo esperto Getúlio Vargas e desarticulado politicamente após o apoio dado da AIB ao golpe de 1937, é outra.
Sem dúvida, uma grande contribuição para a historiografiacontemporânea para quem quiser acompanhar os vai-véns de nosso fascismo tupiniquimcom tomde romance históricodeixando o leitor curioso para descobrir o que vai acontecer nas entranhas desse labirinto integralista.

Ana Maria Dietrich, docente da UFABC

 
Contato: rogeriolustosa@yahoo.com.br




domingo, 13 de janeiro de 2013

Novos livros lançados pelos nossos pequisadores

Com grande satisfação anunciamos que dois pesquisadores acabaram de lançar duas novas obras, imprescindíveis para o estudo da política e do PRP: o Prof. Dr. Rogério Lustosa Victor, com a obra O Labirinto Integralista, fruto de sua tese de doutoramento e a Profa. Dra. Giselda Brito, juntamente com outros dois organizadores, lança Campos da Política: Discursos e Práticas. Abaixo as capas dos respectivos livros e contatos.

                                        CONTATE O AUTOR: rogeriolustosa@yahoo.com.br



                                            CONTATE A AUTORA: gibrs@uol.com.br

sábado, 12 de janeiro de 2013

Revista "Tempo Presente" publica dossiê sobre 80 anos do integralismo brasileiro

A edição on line de dezembro do Revista Tempo Presente (http://www.tempopresente.org) do Laboratório dos Estudos do Tempo Presente do Instituto de História da UFRJ lançou um dossiê sobre os 80 anos do integralismo brasileiro com textos de pesquisadores do Geint.
Leia abaixo o prefácio da Profa. Giselda Brito Silva (UFRPE) parao dossiê:

"A Revista Eletrônica do Tempo Presente traz nessa Edição Especial o tema do Integralismo no Brasil, a partir da contribuição de especialistas e estudiosos do tema de partes diferentes do país.
Colaboram com essa Edição João Fábio Bertonha da Universidade Estadual de Maringá e coordenador do Laboratório do Tempo Presente da UEM, também conhecido especialista dos estudos do integralismo no Brasil e suas relações com o fascismo italiano. Nesta edição ele nos oferece uma discussão sobre questões metodológicas para o estudo do antissemitismo integralista. Na sequência temos uma analise da imprensa integralista, particularizando-se o caso da Revista Anauê e sua circulação num ano que foi crucial para o crescimento dos integralistas, 1935, com Rodolfo Fiorucci do Instituto Federal do Paraná (IFPR/Jacarezinho) e Doutorando pela UFG, estudioso do integralismo desde os tempos de Mestrado.
As relações externas do integralismo com o nazismo não poderiam deixar de ser contempladas nessa Edição. Nesse lugar, temos a contribuição da Ana Dietrich, da Universidade Federal do ABC, especialista nos estudos do nazismo no Brasil e suas relações com o Integralismo no Sul do país, com uma importante contribuição acerca das percepções de Hitler sobre essa relação.
Outra importante contribuição à edição vem do também especialista no tema Renato Alencar Dotta, doutorando em História Social pela USP, nos dando a conhecer da trajetória do integralismo brasileiro desde a fundação da Ação Integralista Brasileira em 1932 até a atualidade, incluindo-se uma reflexão da utilização dos ciberespaços utilizados pelos chamados “Neo-integralistas”.
No âmbito da história do tempo presente do integralismo temos a oralidade e a memória dos que viveram a experiência do integralismo na contribuição de Márcia Regina da Silva Ramos Carneiro, da Universidade Federal Fluminense. Especialista em estudos da memória integralista, ela nos brinda com uma discussão bem atual do movimento a partir do tema “Uma velha novidade: o integralismo no século XXI”.
Informamos aos leitores que o integralismo brasileiro teve seu início em 1932 com o lançamento do Manifesto de Outubro de 32, atuando oficialmente até 1937, quando foi proibido por decreto do Estado Novo. Em 1938, alguns integralistas tentaram derrubar Getúlio Vargas, através de uma invasão armada à residência presidencial no Rio de Janeiro, sendo a partir daí objeto de perseguição e controle da polícia política. Seu líder Plínio Salgado foi enviado para exílio em Portugal, onde ficou até 1946. Voltando ao Brasil fundou o PRP (Partido de Representação Popular) com o qual compareceu novamente ao campo político brasileiro na dita democratização do país. Durante o regime militar continuou atuando, agora ao lado dos militares, até 1975, quando veio a falecer. Alguns militantes e seus herdeiros, contudo, nunca esqueceram o “Chefe” e continuam até nossos dias circulando em algumas capitais do país e, principalmente, através da internet.
Desta forma, apresentamos nesta edição um tema de suma importância para nossa vida política e, com isso, esperamos levar uma contribuição aos interessados em estudar e conhecer mais detalhes do que foi esse movimento, tido como o “fascismo brasileiro”."

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nova tese de Doutorado disponível aos pesquisadores

O pesquisador do Geint Jefferson Barbosa defendeu recentemente a tese Integralismo e ideologia autocrática chauvinista regressiva: crítica aos herdeiros do sigma pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia  e Ciências da UNESP/ Marília. cujo resumo está abaixo.




Resumo
Os meios jornalísticos e produções acadêmicas nas últimas décadas têm destacado em âmbito  internacional manifestações de movimentos e partidos políticos defensores de ideologias chauvinistas. Os integralistas contemporâneos são aqui interpretados como expressões nacionais deste fenômeno e, organizados, estão atuando em núcleos espalhados em mais de duas dezenas de cidades em diversos estados do país. Novas e antigas gerações de militantes buscam na contemporaneidade mobilizar adeptos e simpatizantes através das novas formas de comunicação  e propaganda política, que utilizadas como ferramentas diretivas e organizativas, além dos tradicionais jornais e informativos impressos, potencializam a interação entre os ativistas. As  hipóteses defendidas nesta investigação partem do pressuposto que mesmo buscando atualizar seus temas os militantes contemporâneos seguem os princípios integralistas formulados na  década de 1930, presentes na releitura dos atuais herdeiros do sigma. E, que o êxito na  reorganização dos militantes é propiciado na atualidade pela instrumentalização das tecnologias  da informação e comunicação para a divulgação de suas idéias e mobilização de seus membros.
As permanências e mudanças na ideologia, as aproximações destas organizações com outros movimentos nacionalistas, assim como, a identificação de seus principais líderes e a localização de seus núcleos foram também os objetivos da investigação. Para o estudo em questão foram utilizados conteúdos de sites e blogs e textos impressos de jornais, informativos e boletins dos grupos mais expressivos entre a atual militância que na difusão de concepções anacrônicas e segregadoras se apresentam como manifestação de uma proposta de ordenamento social legitimada em sua particularidade por uma concepção ideológica autocrática chauvinista
regressiva. Suas publicações abordam temas como a defesa do corporativismo, a crítica aos movimentos sociais, a crítica a defesa do aborto e a apologia a homofobia.  Neste sentido,  a interpretação da ideologia integralista como manifestação autocrática chauvinista regressiva, como apontado, é um silogismo: autocracia é a generalidade do fenômeno político no âmbito de sua universalidade; chauvinismo, a particularidade da identidade ideológica do objeto; o integralismo brasileiro a singularidade do caso nacional mais expressivo do fenômeno em questão, marcado por axiomas regressivos que denotam a particularidade de sua proposta política.
Palavras–chave: Integralismo Contemporâneo. Chauvinismo. Ideologia Autocrática.
Publicações integralistas. Ciência Política.  




Os pesquisadores estão convidados a lê-la na íntegra no link abaixo.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

XXVII Simpósio Nacional de História - Natal - RN


A ANPUH (http://www.snh2013.anpuh.org/simposio/public) divulgou hoje a relação dos 141 Simpósios Temáticos que receberão inscrições entre 1º de janeiro de 31 de março de 2013. O XXVII Simpósio Nacional de História acontecerá na UFRN, em Natal, entre 22 e 26 de julho de 2013.

O GEINT participará com o ST 22. Autoritarismos, Memória e Resistência: Movimentos de Direita nos Séculos XX e XXI, com a coordenação das professoras ANA MARIA DIETRICH (Pós-doutor(a) - Universidade Federal do ABC), GISELDA BRITO SILVA (Pós-doutor(a) - UFRPE).

domingo, 2 de dezembro de 2012

A direita e a esquerda no Brasil de 2012

"Um dia, o Coronel Erasmo Dias foi à União Soviética, numa dessas viagens governamentais. Na volta, entrevistado pela imprensa, não poupou elogios a tudo que viu, ouviu, cheirou e inspecionou na “pátria mãe do socialismo”. O silêncio da imprensa, que só apoiava o governo, a disciplina da polícia e dos estudantes, a limpeza das ruas, o clima pesado de um país amargurado pela ditadura e pelo início da falta de tudo – ele vibrou! Desmanchou-se em elogios pela URSS e disse que deveríamos copiar muita coisa, excluindo, é claro, a “maligna ideologia” do socialismo."

Trecho do artigo do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., publicado na Revista Hominum, edição de novembro.